Hoje vou falar da Insulina - do seu papel e da sua flexibilidade metabólica.
Antes de mais, poderá perguntar-se: o que é Flexibilidade Metabólica?
Flexibilidade Metabólica é a capacidade que o corpo humano tem de aumentar o consumo de determinado combustível, dependendo de qual é que se encontra em maiores quantidades no nosso organismo. Ou seja, se comer gorduras, o organismo tenderá a consumir gorduras; se ingerir hidratos de carbono, o organismo consumirá mais hidratos de carbono.
Agora, como é que o nosso organismo consegue este grande feito? É graças à Insulina que atingimos esta excelente eficácia no uso dos combustíveis disponíveis no nosso organismo.
Resumidamente, níveis elevados de insulina conduzem a um maior consumo de hidratos de carbono e níveis reduzidos implicam um maior consumo de gorduras. Contudo, é sabido que excessos no consumo de alimentos ricos em açúcar conduz a uma situação conhecida como "resistência à insulina".
Basicamente, resistência à insulina acontece quando as células não reconhecem tão facilmente esta hormona (desactivação das proteínas receptoras de insulina) e, por isso, têm dificuldade em fazer o transporte da energia disponível no sangue (sob a forma de glicose) para o seu interior.
A resistência à insulina é um dos resultados de doenças como a diabetes. A resistência crónica à insulina tenderá a alterar a utilização de combustíveis por parte do nosso organismo.
Num estudo recente em Nutrition & Metabolism[1], os investigadores compararam a utilização de hidratos de carbono e gorduras como fonte de energia, em relação à resistência à insulina em 180 mulheres - o objectivo: descobrir se a resistência à insulina conduzia a uma inflexibilidade metabólica, criando uma situação na qual o organismo não conseguiria reagir de forma eficaz a alterações alimentares. Descobriram que tanto a resistência à insulina como a existência de um historial familiar de diabetes conduziam a uma inflexibilidade metabólica, independentemente da idade e dos níveis de gordura corporal.
Assim, quando os participantes consumiam níveis elevados de gordura, as taxas de oxidação de gorduras (ou seja, a utilização de gorduras como fonte de combustível) era menor que o normal.
Indicava ainda que os níveis de mitocôndrias (elementos responsáveis pela criação de energia) eram reduzidos, conduzindo a uma actividade metabólica menor. Isto significa níveis energéticos reduzidos, mesmo quando em repouso. Resumindo, a inflexibilidade metabólica reduz a capacidade geral de gerar energia!!
Indicava ainda que os níveis de mitocôndrias (elementos responsáveis pela criação de energia) eram reduzidos, conduzindo a uma actividade metabólica menor. Isto significa níveis energéticos reduzidos, mesmo quando em repouso. Resumindo, a inflexibilidade metabólica reduz a capacidade geral de gerar energia!!
Agora resta saber: o que podemos fazer para evitar este ciclo vicioso em direcção a uma eventual doença metabólica? A resposta é muito simples - fazer exercício e ingerir mais gorduras saudáveis.
Primeiro que tudo, exercício físico ajuda a reduzir a gordura corporal assim como aumenta a sensibilidade à insulina. Adicionalmente, aumenta os níveis mitocondriais, o que significa uma maior capacidade de utilização de gorduras como fonte de energia e uma maior flexibilidade metabólica.
Em relação à ingestão de gorduras saudáveis, ao ingerir mais gorduras estará também a garantir uma maior utilização de gorduras como fonte de energia e, em último caso, tenderá a melhorar a sensibilidade à insulina em pessoas com inflexibilidade metabólica. Em particular, os ácidos gordos Ómega-3 são excelentes para garantir uma maior utilização de gorduras como fonte de energia principal.
Resumindo, tenha especial cuidado se a sua dieta é baseada, principalmente, em alimentos ricos em hidratos de carbono, nomeadamente, os simples (açúcares), assim como se tiver casos na família de diabetes ou resistência a insulina. Faça exercício - preferencialmente aeróbico - opte por alimentos ricos em gorduras saudáveis e ingira poucos açúcares.
Referência: [1] - Madelaine Carstens, et. al., "Fasting substrate oxidation in relation to habitual dietary fat intake and insulin resistance in nondiabetic women: a case for metabolic flexibility?", Nutrition & Metabolism 2013, 10:8.
Fonte: breakingmuscle.com - Doug Dupont - "Understanding metabolic flexibility and the role of insulin"
Diet & Exercise
Primeiro que tudo, exercício físico ajuda a reduzir a gordura corporal assim como aumenta a sensibilidade à insulina. Adicionalmente, aumenta os níveis mitocondriais, o que significa uma maior capacidade de utilização de gorduras como fonte de energia e uma maior flexibilidade metabólica.
Em relação à ingestão de gorduras saudáveis, ao ingerir mais gorduras estará também a garantir uma maior utilização de gorduras como fonte de energia e, em último caso, tenderá a melhorar a sensibilidade à insulina em pessoas com inflexibilidade metabólica. Em particular, os ácidos gordos Ómega-3 são excelentes para garantir uma maior utilização de gorduras como fonte de energia principal.
Resumindo, tenha especial cuidado se a sua dieta é baseada, principalmente, em alimentos ricos em hidratos de carbono, nomeadamente, os simples (açúcares), assim como se tiver casos na família de diabetes ou resistência a insulina. Faça exercício - preferencialmente aeróbico - opte por alimentos ricos em gorduras saudáveis e ingira poucos açúcares.
Referência: [1] - Madelaine Carstens, et. al., "Fasting substrate oxidation in relation to habitual dietary fat intake and insulin resistance in nondiabetic women: a case for metabolic flexibility?", Nutrition & Metabolism 2013, 10:8.
Fonte: breakingmuscle.com - Doug Dupont - "Understanding metabolic flexibility and the role of insulin"
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