segunda-feira, 25 de novembro de 2013

Mostra-me a tua linguagem corporal e dir-te-ei quem és!

No artigo desta semana, apresentamos algumas ideias partilhadas pela psicóloga social Amy Cuddy sobre a nossa linguagem corporal e como isso poderá afectar a nossa vida!

Já todos nós nos devemos ter apercebido que há pessoas que, por mais que tentem, dificilmente conseguem influenciar outros. Por outro lado, existem também aqueles que pouco têm que se esforçar para controlar diferentes tipos de situações que, pontualmente, surgem na vida, e para controlar outras pessoas.

Agora, porque é que isto acontece?

Existe uma empresa – TED – que apresenta vários tipos de conferências sobre os mais variados temas. Numa dessas conferências, Amy Cuddy apresentou o tema “Your body language shapes who you are” ou, em Português – “A tua linguagem corporal dita quem tu és”:


Nesta conferência, Amy Cuddy apresenta, precisamente, a relação que existe entre a nossa linguagem corporal e a nossa vida social. Entre vários aspectos apresentados, um deles consiste na relação entre a hormona “do domínio” – a Testosterona, a hormona do stress – o Cortisol – e a demonstração de poder e/ou capacidade de reagir a vários tipos de situações stressantes por parte das pessoas.

De acordo com a sua investigação, níveis mais elevados de Testosterona e mais reduzidos de Cortisol conduzem a pessoas mais confiantes, com maior tendência para ter posições de poder na sociedade e com maior facilidade de resolução de problemas em situações “stressantes” – conduzem àquilo que, normalmente, e no reino animal em particular, chamamos de Machos Alfa. Uma vez que a testosterona está mais relacionada com o sexo masculino, é normal que, por natureza, sejam os homens que, mais frequentemente, sintam este tipo de relação.


Adicionalmente, verificou que pessoas com uma relação Testosterona/Cortisol mais elevada tinham uma postura totalmente diferente das pessoas com uma relação Testosterona/Cortisol menor. As primeiras, têm tendência para se mostrar maiores, com os braços para os lados, queixo levantado, peito para fora, postura direita... 



Enquanto que as outras tinham tendência para se curvarem, tentarem ocupar o mínimo de espaço possível e fazerem os possíveis por passar despercebidos.


Isto é uma relação directa entre os níveis de Testosterona e Cortisol e a linguagem corporal. Agora, sabemos também que pessoas que se mostrem confiantes têm maior tendência para levar outras pessoas a confiar nelas e a segui-las.

No entanto, Amy Cuddy procurou perceber se a postura era apenas uma consequência dos níveis hormonais ou se, alterando, conscientemente, a nossa postura, conseguíamos também alterar os nossos níveis hormonais e, consequentemente, a forma como as outras pessoas nos vêem, e nós a nós mesmos. Ou seja, se esta relação funciona apenas no sentido hormonas – postura ou se também funciona no outro sentido: postura – hormonas.

Assim, é verdade que a nossa mente muda e orienta o nosso corpo. Mas será que o nosso corpo também molda a nossa mente?

De acordo com a experiência levada a cabo por Amy Cuddy, as pessoas que adoptaram poses ou posturas de poder, durante apenas 2 minutos, tiveram um aumento de 20% dos níveis de Testosterona e uma redução de 25% dos níveis de Cortisol!

Pelo contrário, as pessoas que adoptaram poses ou posturas submissas durante os mesmos 2 minutos registaram um aumento de 15% dos níveis de Cortisol e uma redução de 10% dos níveis de Testosterona.

Assim, é possível concluir que a nossa postura altera os nossos níveis hormonais, o que conduz a uma alteração da percepção que temos de nós próprios. Além disso, altera também a nossa imagem aos olhos das outras pessoas.

Podemos então dizer que estas pequenas alterações de postura ou maneira de estar, durante este curto espaço de tempo, poderão alterar as probabilidade que temos de alcançar um lugar de topo ou de melhorar a percepção que os outros têm de nós.

Em termos sociais, por si só, este aspecto é muito bom. Mas agora, e em relação à nossa performance física?

Em relação ao treino, também uma relação Testosterona/Cortisol mais elevada conduz a uma melhoria na performance física. A Testosterona conduz a um aumento da massa muscular e a uma redução da massa gorda e o Cortisol induz um efeito contrário – redução da massa muscular e aumento da massa gorda. Assim, níveis elevados de Testosterona e reduzidos de Cortisol ajudarão a atingir melhores resultados desportivos.

Resumindo, se, por natureza, já tem um lugar de poder na sociedade, provavelmente, e inconscientemente, já adopta poses de poder. Contudo, se pretender aumentar as probabilidade de melhorar o seu papel na sociedade ou o seu desempenho físico, nada como experimentar adoptar poses “Alfa” durante um tempo e beneficiar das alterações que isso lhe poderá trazer! Finja até ser verdade! Não custa nada tentar!

Imagens retiradas da palestra de Amy Cuddy:

Diet & Exercise

Sem comentários:

Enviar um comentário